A semana em que fui acusado de piromania, deixei de ser uma pessoa integra e fui vítima de racismo!

Bem as minhas teclas já tinham teias de aranha por nunca mais ter vindo aqui escrever. Basicamente nunca mais me tinha acontecido assim nada que fosse dramaticamente relevante. Mal sabia eu que passado duas semanas iria ter tudo em acumulado.

Comecei logo em grande no inicio da semana! Ainda mal se tinha feito dia, lá ia eu apanhar o autocarro para Coimbra. Tudo bem que ia com um aspecto lastimável, pior que um agarradinho da passa, mas isto era porque eu tinha-me deitado tardíssimo ( a culpa é da Monica Raymund que, se não fosse tão bombástica, eu não faria maratoons de lie to me até às tantas). Pronto, lá ia eu a entrar para o autocarro quando o motorista agarra-me pelo braço e começa literalmente a farejar a minha mochila:

motorista: você leva aí combustível ? 
eu (a pensar 'o cab*** do homem fareja bem): sim, levo... *
motorista, aproximando-se do meu ouvido e agarrando-me no ombro : ouve, eu também tenho filhos e já fui jovem. Nesta idade só querem fazer actos irreverentes e julgam-se os maiores. Compra uma bateria e revolta-te em casa, deixa as árvores e o mato em paz.

Eu podia ter feito algo assim:

Mas com a energia que tinha só deu para isto:

e pronto, parece que sou piromaníaco e não sabia, uou.

* que fique bem claro que eu uso o combustível com fins inofensivos. Eu como tenho de fazer dentes em cera para a faculdade, utilizo o combustível para a lamparina permitindo que, com a cera aquecida, os cortes sejam mais fáceis e precisos. Isto já são muitos anos a virar frangos e a besuntá-los com picante!

Passado uns dois/três dias, já passava da 0h00, eu e um amigo fomos ao Mc'Donalds com vista a comprar uma ceia ultra calórica. Sim, é suuuuuuuuuper saudável ir de barriga cheia para a cama mas.. who cares ?

Chegámos lá e fomos atendidos por um senhor negro (aliás TODA a gente que lá estava era negra, era um pseudo Blackdonalds, sem ofensa). Bem lá pedimos e o homem só dizia "fecha meia noite", "fecha meia noite" (pelo seu desconhecimento no que diz respeito às preposições cheiram-me que não esteja cá já à muito tempo...). Depois de 50 vezes pedirmos e 50 vezes ele repetir o mesmo lá percebemos 'bem aqui não nos vamos safar, é melhor ir embora'. O mais engraçado é que quando nós nos dirigimos para fora, vai uma rapariga (negra) e pede uma coisa qualquer... e ainda mais engraçado é que homem lá lhe avia o pedido (ainda por cima com um sorriso de orelha a orelha, devia de querer ali uma rapidinha junto à máquina das batatas)!

Eu fiquei furibundo... só me apeteceu ir lá dar um autografo ao livro de reclamações (este que por acaso era... amarelo). 

                                           

Apenas não fui porque toda a minha glicose estava toda concentrada no meu estômago e ele é um pouco racista: não gosta de vinho tinto, chocolate negro, coisas queimadas, azeitonas pretas, etc. Então numa situação de fome, não quis que o meu estômago se apodera-se da minha pessoa. Era o chamado 'escrever sem pensar'   

A última situação caricata aconteceu ontem. Vinha muito bem no autocarro para casa e encontrei uma carteira no banco onde estava. Eu, com toda a minha boa fé, pego na carteira e levo-a até ao motorista. Sabem o que aconteceu? O homem abriu a carteira e viu que não tinha dinheiro. Então basicamente pediu todos os meus contactos para que a proprietária da carteira caso detecte que haja falta de dinheiro me possa contactar para me acusar de a ter roubado. Acrescento a facto de o homem ser o grande burro porque demorou 10 minutos a escrever o meu apelido (que é super simples - c-a-i-o-l-a, mesmo assim tive de soletrar e decifrar os hipogrifos que o homem estava a escrever) e como se não bastasse ainda supôs que eu era imigrante (segundo o meu apelido) e disse 'estes imigrantes vêm para aqui roubar os empregos e ainda querem-se fazer passar por pessoas cívicas, fod*-**). Este é que merecia umas valentes... 

 

...para a posteridade! E pronto, a partir de agora não sou uma pessoa íntegra e com um espírito cívico saudável.